quarta-feira, 29 de junho de 2011

Prima talentosa

Tenho muitos primos. Se contar, então com os de segundo, terceiro e outros graus, são muitos mesmo.
No Natal do ano passado revi Luiza, filha de meu querido primo Augusto. Ela foi minha amiga oculta. Porém fui aos poucos descobrindo o quanto oculta ela era para mim.
Soube que era atriz e que trabalhava na novela Malhação, interpretando a personagem Lorelai.
Mas fiquei surpreso mesmo ao saber que ela também era cantora, e das boas.

Através de um post no Facebook ouvi um clipe dela com sua banda: Os Gutembergs. E fiquei muito satisfeito com o que ouvi.



A menina tem uma voz segura e envolvente. E não é porque sou primo não, mas tem tudo para estourar.Veja alguns videos que separei nos links abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=oKH1L5tCZWw

http://www.youtube.com/watch?v=thOA-roBtb4&feature=related


Além de se apresentar no Malhação e no programa Geleia Geral do Rock, o grupo também tem uma música na trilha do filme Cilada.com.

http://www.youtube.com/watch?v=KCQeUTZ8iz4


Espero que vocês gostem.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Quadrinhos de ontem e de hoje

Noutro dia, minha filha adolescente estava com uns adesivos redondinhos contra espinhas no rosto e não sei de que recôndito rincão de minha memória me veio a lembrança de uma antiga personagem de histórias em quadrinhos: Brotoeja, uma menina alucinada por bolinhas.


É claro que a partir daí comecei a me lembrar de outros personagens publicados pela Rio Gráfica Editora.


  

É bom dizer que nessa época todos os quadrinhos que circulavam por aqui eram americanos.
Minha geração leu muitas revistinhas do Pato Donald, Tio Patinhas, Mickey, Pateta e Almanaque Disney.



Só depois da chegada da Turma da Mônica (1970) é que a Editora Abril lançou uma revistinha específica do Zé Carioca (1972), na qual as histórias se retratavam uma realidade brasileira. Antes, o papagaio  criado para o filme "Alô, amigos" só aparecia em alguma historinhas de outros personagens Disney.



Hoje nem sei se ainda existem as revistinhas da Disney. Os quadrinhos de Maurício de Souza conseguiram um feito espetacular: desbancaram os fortíssimos personagens americanos e se tornaram referência em um país que está muito mais acostumado a consumir produtos culturais estrangeiros. Não satisfeito, Maurício ainda exporta suas historinhas para 73 países.

Em busca de um novo público (ou melhor, o público que cresceu) lançou a Turma da Mônica Jovem, onde o Cebolinha, agora, ao invés de levar coelhadas, ganha bitocas da Mônica.



Neste mesmo rastro, lançou-se a revistinha da Luluzinha Teen. O mais curioso é que, apesar dos personagens originais serem americanos, a turma de adolescentes vive na cidade de Liberta, em São Paulo ( só sei disso porque contei com a consultoria da Clara...rs).



Mas pelo jeito, concorrências à parte, a turma de Maurício de Souza ainda vai reinar por aqui durante muito tempo.  

Uma mesa para 11 craques

As meninas, pelo menos na sua grande maioria, que me desculpem, mas o post de hoje é mais dedicado aos rapazes que, como eu, são chegados ao bom e velho jogo de botão. Não estes botões hi-tech de hoje em dia, mas os de plástico antigos, que vinham com um adesivo com a cara dos jogadores ou com o escudo dos times.
  
Mais tarde vieram os de vidrilha ou de galalite. Os becões gigantes, os goleiros feitos com caixas de fósforo recheados com chumbo derretido e, dependendo do tamanho da trave, podiam ser maiores ou menores.



Meu primeiro time era o Botafogo de 1968, bicampeão carioca, com feras como Leônidas, Gérson, Roberto, Jairzinho e Paulo César. Muitos deles conheci depois e sempre fiz questão de falar isso pra eles. Daria tudo para ter esse time comigo até hoje.

Não necessariamente precisávamos de uma mesa de botão, bastava uma superfície suficientemente lisa para que os nossos “craques” deslizassem e a bolinha corresse.

Aliás, a bolinha sempre gerou polêmicas. Nos times antigos, a bola era uma pastilhinha plástica, embora a geração de meus pais jogasse mesmo era com bolinha de miolo de pão, queimada no fogo pra ficar durinha. Para o pessoal da minha época havia a bolinha com fios de lã ou o dadinho (o qual sempre preferi).



Outra polêmica girava em torno do fato de podermos colocar o dedinho ou não. Mas, calma!!! Nada a ver com o que os maliciosos estão pensando. Colocar o dedinho significava por o dedo de modo a travar o botão na hora do chute, o que facilitava muito nos chutes por cobertura.
O tempo de jogo poderia variar e o final do mesmo, também. Havia a possibilidade de a partida só terminar na primeira bola fora após o tempo regulamentar ter se esgotado.
Passávamos as férias organizando campeonatos entre os amigos ou sozinhos. Eu, particularmente, tinha uma caixa cheia de botões, que, herdados pelo meu irmão, desapareceram todos. Mantive apenas dois times comigo. O meu preferido (quase todos com um decalque do Botafogo em cima) e um pra jogar contra.
Até por conta da época em que jogava com mais assiduidade, dois botões ganharam nomes e não perderam mais. Um verde e branco, até hoje é Manfrini. E um bege com amarelo é o Mário Sérgio.
Tenho tentado convencer minha turma que vai ao Engenhão a fazer um torneio aberto de inverno, para matarmos as saudades da palheta, afinal, meu time já pode ser de seniors, mas ainda bate um bolão.


* Texto originalmente escrito para minha coluna no site da Rádio Botafogo - http://www.radiobotafogo.com.br/


domingo, 12 de junho de 2011

O velho Casé ataca de novo!



O motivo do meu sumiço aqui do blog é mais do que justo. Fui convidado pela editora Mauad X para reeditar meu primeiro livro: "Programa Casé - o rádio começou aqui", que conta a vida e a trajetória profissional de meu avô, Ademar Casé, um dos pioneiros do rádio e da TV no país.
Quinze anos depois, a edição será revisada, ampliada e muito mais bem ilustrada, já que vivemos a era digital e nos livramos dos velhos e caros fotolitos.
O lançamento deverá acontecer em fevereiro, quando se compltam 80 anos da primeira irradiação do Programa Casé

"Eduardo e Mônica" ou "Vale Tudo"?

Você já assistiu ao vídeo publicitário da operadora Vivo com a música "Eduardo e Mônica", do Legião Urbana?
Se não viu ainda, clique no link abaixo. É muito legal e este post é justamente sobre ele.
http://www.youtube.com/watch?v=gJkThB_pxpw&feature=pyv


O vídeo é genial e aposto que até o Renato Russo concordaria com isso. Mas este post quer discutir a forma como ele foi divulgado na web.
A estratégia de marketing da agência África foi de divulgar uma notícia falsa de que o cineasta Fernando Meirelles estava fazendo um filme baseado na música do Legião. E a notinha, é claro, logo se espalhou pela internet.




O que a África não disse é que se tratava de um filme publicitário produzido pela O2, que pertence a Fernando Meirelles.
E como se não bastasse, a agência de publicidade ainda criou dois perfis falsos no Facebook para divulgar a história: Eduardo Botão e Mônica Godard.
O vídeo, pelo seu altíssimo grau de qualidade, já teve centenas de milhares de acessos e foi divulgado por aqueles que curtem a música.
A pergunta é: será que precisavam mentir pra divulgar o vídeo? É eticamente aceitável essa prática?
Será que estou sendo radical, ou os meios de comunicação entraram na fase do vale tudo?
Neste sábado (11 de agosto), o jornal O Globo divulgou uma matéria sobre o vídeo, mas envolvendo uma polêmica com a ATL (atual Claro), que 10 anos atrás fez uma propaganda também ligada à música.


O repórter Diogo Haidar conta e este fato e tudo mais o que relatei aqui, porém, ao ouvir a produtora e a agência, se ateve, apenas, ao suposto plágio. A questão ética ficou longe.


É muito ruim que uma agência e uma produtora mintam, em conluio, para vender um produto. Mas é uma pena ainda maior que um jornalista não questione isso.