segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quem não chora, não mama.

A velha marchinha que fala do Cordão da Bola Preta está mais atual do que nunca quando se fala das relações das empresas com os consumidores no Brasil.
Todo valor é negociável, desde que você reclame do preço, é claro.


Tente comprar uma televisão e veja como o preço que está estampado no cartaz pode cair mediante qualquer mínima argumentação. E não precisa nem chamar o Ricardo... Qualquer loja de eletrodomésticos já tem uma grande margem de negociação embutida no preço.
Até na compra de um automóvel isso acontece. E como o valor é alto, os descontos também acabam sendo generosos. Dá pra negociar preço, acessórios, emplacamento e até IPVA.

Vocês vão dizer que isso é natural num esquema capitalista e que a lei de mercado força os descontos, mas não é bem assim...
Estamos anos-luz de uma Lei do Consumidor decente. Nos Estados Unidos, por exemplo, você tem sete dias para trocar o produto ou receber seu dinheiro de volta sem precisar dar qualquer explicação. Ou seja, se você compra uma TV e 3 dias depois passa por uma loja e vê o mesmo aparelho ou um ainda melhor por um preço menor do que o que você pagou, não precisa verter lágrimas de arrependimento. É só pegar sua TV, levar na loja e pegar a grana de volta. Isso sim estimula a concorrência.
E esta história de descontos não vale só para bens de consumo.
Resolvi reclamar do Globo e da NET que estava pagando caro demais por minhas assinaturas.
Sob o risco de cancelamento, o Globo me deu 30% de desconto em 3 meses e 15% nos 3 meses seguintes. Cerca de R$85,00 reais de economia.
Na NET foi ainda melhor. Consegui uma redução de R$130,00 nos 3 primeiros meses e de R$ 50,00 daí pra frente. Consegui baixar a franquia do meu NETFone, que praticamente não uso e minha conexão passou de 3 para 10 megas.
Hoje só paga anuidade de cartão de crédito quem quer. Um telefonema e as taxas de manutenção desaparecem. Experimente conversar com seu gerente de banco e veja se as taxas da sua conta também não serão reduzidas.
É tudo assim mesmo. Foi-se o tempo em que só se barganhava preço nas barracas de feira-livre.
Graças a Deus aprendi a pechinchar com a Dona Irene, minha mãe. Não tenho o menor pudor em relação a isso. Sempre peço desconto, em qualquer coisa que compro. E o melhor é que, na maioria das vezes, ganho.
Que não pede, não recebe. E depois não adianta reclamar, porque "lugar quente é na cama, ou então no Bola Preta".

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