segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sentimentos eleitorais

Tem gente que me pergunta para que serve o Facebook; por que se embrenhar neste tipo de coisa. Pois bem, no dia de hoje tive uma bela resposta. Lí uma postagem da ótima repórter Sandra Moreyra, que analisava os sentimentos vividos durante o dia de ontem, dia em que elegemos uma mulher para ser presidente do nosso país.



Sandra Moreyra - Devo confessar que votei decepcionada por chegar ao fim de uma campanha sem me encontrar, em que fosse um tiquinho, em nenhum dos candidatos. Eu estava horrorizada com o que foi a campanha dos dois. Mas chega na hora agá, quando as urnas começam a cantar pelo Brasil inteiro, e a gente mais uma vez elege o chefe da nação (desta vez a chefe), não é que acabei me emocionando? Ainda bem, né? Que dê certo para o Brasil.

Na mesma hora que li, respondi dizendo que fazia minhas as palavras dela.
Desde que comecei a votar para presidente, com toda certeza esta foi a primeira vez em que fui à urna sem empolgação.
Como já disse aqui, gosto deste clima, acho que as campanhas são um momento para pensarmos e repensarmos o Brasil. Já fiz muita boca de urna voluntária (no tempo em que isso não era considerado um crime eleitoral), distribuí santinhos, andei com buttons e adesivos, coloquei bandeira no carro. Desde que minha filha começou a compreender o que era uma votação passei a levá-la para votar comigo e este ano não foi diferente. O diferente foi não ver um candidato em que eu tivesse confiança. Votei em Dilma pela defesa de uma política de maior inclusão social, por uma defesa de projetos de combate à miséria, e não pela Dilma propriamente dita.
Ontem, na hora de seu primeiro pronunciamento, porém, tive a noção de que vivíamos um momento histórico e isso me tocou. Da mesma forma que vivi uma grande expectativa quando Lula venceu, em 2002, vivo agora. Torço, como torci por ele, para que o país possa avançar, que menos gente passe fome, que mais crianças tenham escola, que mais pessoas consigam se manter através de um emprego.
Fiquei triste com o tom raivoso da campanha; um retrocesso. Se opor a idéias não dá direito a ninguém de ofender pessoalmente este ou aquele candidato. Campanha deve ter propostas para que possamos decidir quem tem mais chances de fazer um bom trabalho, mas o que vimos nas campanhas oficiais, na internet e na mídia em geral não foi isso.
A imprensa, por sinal, pegou pesado. Ontem e hoje, o clima em muitos meios de comunicação era de dor-de-cotovelo.


























Jornais, TVs, rádios, sites, são fundamentais no acompanhamento e na fiscalização dos governos. Espero sinceramente que a fervura baixe e que possamos ter uma imprensa firme e não apedrejadora nos próximos 4 anos. O nosso país merece um bom comportamento do Quarto Poder.
Abaixo incluo palavras de mais alguns bons amigos que tembém comentaram o post da Sandra. Gente que como eu sabe que apesar de todos os problemas, ainda não inventaram um sistema de governo melhor do que a Democracia.

Marcelo França - Votar é sensacional. O poder de saber que estamos dando nossa opinião. E que ninguém pode nos impedir. Já impediram, mas isso é passado. De qq forma, o quadro político eleitoral era fraco. E as campanhas dos 2 finalistas foram fracas. A Marina me parecia a melhor opção. Mas não deu pra ela.
Françoise Vernot - Creio que foram sentimentos , tanto a decepção anterior quanto a emoção na hora h ,que dominaram muitos de nós. Bom sinal, I hope!
Rosa Maria Magalhaes Gonçalves - É o profundo respeito pela luta travada por todos nós e por várias pessoas que deram sua vida pela liberdade. Viva o povo.
Maria Helena Braun - Eu tb me emocionei. não sei explicar exatamente porque, mas acho que a rosinha magalhães tem razão. somos de uma geração que lutou muito pela liberdade, gente que se foi, que sumiu e na hora em que o povo elege o novo presidente isso tudo vem a tona. a gente se lembra de uma monte de coisas e isso emociona.tomara que seja um governo digno, porque nossos filhos e netos é que vão herdar o que vier daqui por diante.
Marcelo França - Concordo 2145%. A turma jovem não sabe o valor que um voto tem. De certo modo, prefiro até isso. Porque viver sob ditadura foi uma merda muito grande. Bjs


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