domingo, 12 de junho de 2011

"Eduardo e Mônica" ou "Vale Tudo"?

Você já assistiu ao vídeo publicitário da operadora Vivo com a música "Eduardo e Mônica", do Legião Urbana?
Se não viu ainda, clique no link abaixo. É muito legal e este post é justamente sobre ele.
http://www.youtube.com/watch?v=gJkThB_pxpw&feature=pyv


O vídeo é genial e aposto que até o Renato Russo concordaria com isso. Mas este post quer discutir a forma como ele foi divulgado na web.
A estratégia de marketing da agência África foi de divulgar uma notícia falsa de que o cineasta Fernando Meirelles estava fazendo um filme baseado na música do Legião. E a notinha, é claro, logo se espalhou pela internet.




O que a África não disse é que se tratava de um filme publicitário produzido pela O2, que pertence a Fernando Meirelles.
E como se não bastasse, a agência de publicidade ainda criou dois perfis falsos no Facebook para divulgar a história: Eduardo Botão e Mônica Godard.
O vídeo, pelo seu altíssimo grau de qualidade, já teve centenas de milhares de acessos e foi divulgado por aqueles que curtem a música.
A pergunta é: será que precisavam mentir pra divulgar o vídeo? É eticamente aceitável essa prática?
Será que estou sendo radical, ou os meios de comunicação entraram na fase do vale tudo?
Neste sábado (11 de agosto), o jornal O Globo divulgou uma matéria sobre o vídeo, mas envolvendo uma polêmica com a ATL (atual Claro), que 10 anos atrás fez uma propaganda também ligada à música.


O repórter Diogo Haidar conta e este fato e tudo mais o que relatei aqui, porém, ao ouvir a produtora e a agência, se ateve, apenas, ao suposto plágio. A questão ética ficou longe.


É muito ruim que uma agência e uma produtora mintam, em conluio, para vender um produto. Mas é uma pena ainda maior que um jornalista não questione isso. 

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