quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Outros Brasis

Trinta anos depois de minha primeira visita à Feira de Caruaru, lá voltei no início de setembro. A feira, como a cidade, mudou muito dos anos 80 para cá. A parte de artesanato agora fica em lojinhas, bem como a parte de confecções, um dos pontos fortes do comércio local.
Mas, se embrenhando por dentro da feira, você descobre que aquilo lá é muito mais do que os bonecos inspirados na arte de Mestre Vitalino.




Conforme fui me embrenhando pelas vielas, um outro Brasil foi se descortinando. Um Brasil distante daquele dos grandes centros. Um Brasil que não aparece na mídia, a não ser de forma caricata em novelas. Um Brasil mais pobre e nem por isso menos rioco, em tradições, em costumes, em diversidade.



Um Brasil que descobri quando pela primeira vez fui ao Nordeste no já longínquo ano de 1981. Um Brasil que fervilhou nas minhas veias, afinal parte do meu sangue é nordestino.




Na parte de alimentos, se vende de tudo. E ai daquele que pensa que por se tratar do interior do Nordeste, não há fartura. Saborosos abacaxis, perfumadas mangas... O pavilhão de carnes é enorme e os grãos estão por toda parte.
Se comercializa de tudo, de utensílios de cozinha a bicicletas, de produtos usados a brinquedos, de gaiolas a dvds piratas.






Fiquei feliz em constatar que apesar de Caruaru, hoje, tentar ser uma cidade grande, lhe resta uma parte em que o agreste ainda fala mais alto.

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