quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A realidade que imita a ficção

Muito se falou sobre os dez anos do atentado de 11 de setembro. E, embora tenha sido um dos momentos mais marcantes de minha vida (e, acredito que na de muitas outras pessoas), não pretendo fazer, aqui, elocubrações sobre o caso. Este post é, na verdade, para registrar uma coincidência um tanto macabra que me veio à lembrança ao ver as fotos das pessoas cobertas de poeira depois do desabamento das torres do World Trade Center.




Tais imagens me lembraram muito o trecho final do filme "Volcano", quando um memininho se dá conta que, após a erupção de um vulcão na Califórnia, todas as pessoas estavam iguais, cobertas de cinzas.





Poderia mesmo, tal cena ser inspirada no que aconteceu em Nova York, não tivesse, o filme, sido lançado em 1997, quatro anos antes do ataque terrorista às torres gêmeas.
Nesse caso, a realidade imitou a ficção.



As fotos aqui postadas foram tiradas pela  russa Gulnara Samoilova.


Ela trabalhava até tarde no arquivo de fotos da Associated Press e, por isso mesmo, normalmente dormia até tarde. Mas naquele dia o som das sirenes a acordou.
Ligou a TV a tempo de ver a imagem do segundo avião se chocando contra uma das torres.
O apartamento Samoilova ficava a apenas a quatro quadras do World Trade Center.
Ela pegou sua câmera e um punhado de filmes e foi para a rua.
Ao chegar ao local, ela decidiu entrar na torre sul, mas como tudo estava muito caótico, recuou.
De repente alguém gritou: "Corram!" Era a Torre sul que começava a ruir.
De a cordo com a fotógrafa "era como um mini-terremoto". Antes que a nuvem provocada pelo desabamento a envolvesse, mergulhou atrás de um carro e se agachou. Como "um vento forte", a tempestade de destroços sacudiu o carro, e enche seuss olhos, boca, nariz e orelhas de poeira.
"Estava muito escuro e silencioso. Achei que seria enterrada viva".
Passado o impacto, ela trocou o filme e a lente e saiu fotografando.
É justamente este o momento das fotos acima, quando pessoas atônitas e totalmente cobertas de poeira tentam deixar o local.
Uma experiência, para sempre inesquecível, registrada para a eternidade.
 

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