Não foi preciso ser muito esperto para ver que algo grande havia acontecido. Virei para a CNN e lá estava a notícia da morte do líder terrorista. Pouco tempo depois voltei ao jogo e a toda hora eram mostradas imagens de pessoas lendo a notícia em seus blackberries e smartphones.
A notícia, hoje em dia, corre assim, como um rastilho de pólvora aceso de desenho animado. Impossível pará-la.
Minutos depois Barack Obama estava frente às câmeras para oficializar o fato e angariar os louros.
Uma única cãmera e milhares de reproduções quase que instantâneas.
Levaram a pior os jornais europeus. Traídos pelo fuso horário, não puderam estampar a importante manchete em suas primeiras páginas. Pelo que deu pra ver pelo site Kiosko.net, dos principais periódicos do Velho Mundo, só o Le Monde aparecia lá com uma edição extra.
O britãnico The Times, em seu site aproveitou para vender uma primeira página digital, em sua versão para IPad.
Por aqui, favorecidos pelo fuso, os jornais brasileiros em geral conseguiram dar a capa. Bastou um novo clichê.
Porém, e é óbvio, que a notícia causou maior impacto nos Estados Unidos. As manchetes, na sua enorme maioria, foram comedidas. Talvez até por falta de maiores detalhes.
Porém, principalmente nos tablóides e nos jornais de menor expressão, o sentimento raivoso, guardado há dez anos, explodiu na primeira página. Mas será que dá pra condenar???
O curioso foi o fato de dois jornais, um de Toronto, no Canadá, e ou tro de Nova Iorque, darem a mesma manchete: "Rot in hell", ou seja "Apodreça no inferno".
Como toda notícia global, a morte de Bin Laden ganhou uma dimesão gigantesca pelos sites mundo afora, abrindo espaço para aproveitadores. Uma suposta foto do terrorista morto começou a circular por diversos sites de meios de comunicação.
Mas, com a mesma rapidez que uma mentira é disseminada na Internet, vem o seu desmentido. A manipulação da imagem tinha como origem uma das fotografias mais conhecidas de Bin Laden. Ela foi mesclada, no Photoshop, com outra de um homem supostamente morto por golpes e disparos de arma de fogo.
O terrorista também ajudou a infectar computadores de todo o país. Um vírus foi enviado por e-mail com o assunto “Veja o vídeo em que Osama Bin Laden aparece segurando jornal com data de hoje e desmente sua morte relatada por Obama”. Clicando no link o usuário era infectado por vírus capaz de monitorar o acesso a sites de bancos para roubar informações.
Por maior que seja a vontade de estar informado, é bom ficar de olho.
Se Osama foi mesmo morto ontem à noite, eu não sei...
Mas, sei que a curiosidade matou o gato.
[hahaha] Adoro quando a morte de Osama é posta em xeque durante um papo, ainda que informal. Na minha opinião, é o limite do questionamento e da reflexão, sempre exercito isso.
ResponderExcluirE adorei a formatação: intercalar textos/comentários curtos com a informação visual foi sensacional!
Uma das melhores coberturas, ok, Casé!
Abraço grande!