segunda-feira, 2 de maio de 2011

A notícia global

Estava eu, no fim de domingo, assistindo a um partida de beisebol (sim.... eu gosto de beisebol) com a TV sem som para não incomodar a esposa, que madruga, quando foi mostrada a imagem de um torcedor que,  ao invés de estar vendo o jogo, olhava atentamente para um monitor de um dos camarotes; nele aparecia a imagem de Osama Bin Laden.
Não foi preciso ser muito esperto para ver que algo grande havia acontecido. Virei para a CNN e lá estava a notícia da morte do líder terrorista. Pouco tempo depois voltei ao jogo e a toda hora eram mostradas imagens de pessoas lendo a notícia em seus blackberries e smartphones.
A notícia, hoje em dia, corre assim, como um rastilho de pólvora aceso de desenho animado. Impossível pará-la.
Minutos depois Barack Obama estava frente às câmeras para oficializar o fato e angariar os louros.
Uma única cãmera e milhares de reproduções quase que instantâneas.

Levaram a pior os jornais europeus. Traídos pelo fuso horário, não puderam estampar a importante manchete em suas primeiras páginas. Pelo que deu pra ver pelo site Kiosko.net, dos principais periódicos do Velho Mundo, só o Le Monde aparecia lá com uma edição extra.




O britãnico The Times, em seu site aproveitou para vender uma primeira página digital, em sua versão para IPad.

Por aqui, favorecidos pelo fuso, os jornais brasileiros em geral conseguiram dar a capa. Bastou um novo clichê.



Porém, e é óbvio, que a notícia causou maior impacto nos Estados Unidos. As manchetes, na sua enorme maioria, foram comedidas. Talvez até por falta de maiores detalhes.








Porém,  principalmente nos tablóides e nos jornais de menor expressão, o sentimento raivoso, guardado há dez anos, explodiu na primeira página. Mas será que dá pra condenar???





O curioso foi o fato de dois jornais, um de Toronto, no Canadá, e ou tro de Nova Iorque, darem a mesma manchete: "Rot in hell", ou seja "Apodreça no inferno".

 

Como toda notícia global, a morte de Bin Laden ganhou uma dimesão gigantesca pelos sites mundo afora, abrindo espaço para aproveitadores. Uma suposta foto do terrorista morto começou a circular por diversos sites de meios de comunicação.



Mas, com a mesma rapidez que uma mentira é disseminada na Internet, vem o seu desmentido. A manipulação da imagem tinha como origem uma das fotografias mais conhecidas de Bin Laden. Ela foi mesclada, no Photoshop, com outra de um homem supostamente morto por golpes e disparos de arma de fogo.


 
O terrorista também ajudou a infectar computadores de todo o país. Um vírus foi enviado por e-mail com o assunto “Veja o vídeo em que Osama Bin Laden aparece segurando jornal com data de hoje e desmente sua morte relatada por Obama”. Clicando no link o usuário era infectado por vírus capaz de monitorar o acesso a sites de bancos para roubar informações.

Por maior que seja a vontade de estar informado, é bom ficar de olho.
Se Osama foi mesmo morto ontem à noite, eu não sei...
Mas, sei que a curiosidade matou o gato.

Um comentário:

  1. [hahaha] Adoro quando a morte de Osama é posta em xeque durante um papo, ainda que informal. Na minha opinião, é o limite do questionamento e da reflexão, sempre exercito isso.
    E adorei a formatação: intercalar textos/comentários curtos com a informação visual foi sensacional!
    Uma das melhores coberturas, ok, Casé!
    Abraço grande!

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