quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ditos Populares


"No escuro, todos os gatos são pardos."
(Cãmara faz votação secreta e livra deputada de cassação)

"Diga-me com quem andas e te direi quem és"
(Líder do Governo na Cãmara comemora com deputada que escapou da cassação)

"Quem sai aos seus, não degenera."
(Jaqueline Roriz e o pai, Joaquim Roriz)

"Não adianta chorar o leite derramado."
(Governador e secretário de Transportes tenta explicar sucateamento dos bondes)

"Quem semeia ventos, colhe tempestades."
(Kadfi é caçado em toda a Líbia)

 "Quem persiste é quem prospera."
(Fabiana Murer ganha ouro no Mundial de Atletismo)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dez mil visitantes



Uma ótima notícia!
O blogo Impressões Digitais acaba de ultrapassar a marca de 10.000 visitantes únicos, em pouco mais de 11 meses de existência.
Se formos contabilizar o´s pageviews, o número sobe para quase 30.000.
Obrigado a todos.
Vamos continuar juntos!!!!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A culpa é do morto

O secretário de Transportes Júlio Lopes já descobriu o responsável pela morte de 5 pessoas no acidente com o bonde de Santa Teresa: o motorneiro. E como ele está mortto. O assunto deve morrer também.
Segundo o secretário o condutor tinha ordens de levar o bonde para a oficina e não o fez, pegando passageiros.
Negou veementemente que o governo do Estado tenha culpa no caso e sobre o fato de um pedaço de arame substituir um parafuso no bonde acidentado, afirmou: "temos a nota de compra do parafuso".
Isso é que é eficiência!!!
Admitiu que há superlotação, mas não explicou porque os bondes reformados não podem circular. Aliás, na matéria do JB (ainda existe o JB???) ele disse que "é difícil modernizá-los já que os trilhos foram especificamente para aquela época". Entedeu??? Nem eu....
É só mandar fazer igual ao que funcionava... Ou estou sendo exigente demais?
Se gastaram nosso dinheirinho para a reforma, deviam ter pensado nisso,
O problema, também, é que parte da imprensa não rebate as sandices que os entrevistados falam e ainda estampam manchetes assumindo as versões das autoridades.

É fácil empurrar o problema e dizer que o governo não tem culpa.


Mesmo que tudo que o secretário tenha dito esteja correto, o governo continua a ter culpa sim.
O sistema de bondes não funciona e é obrigação do governo mantê-lo funcionando enquanto ele existe.
Se pagou pela reforma, deveria exigir que os bondes novos circulassem ao invés deles ficarem parados na oficina, provocando superlotação nos que circulavam.
Cabia ao governo fiscalizar a superlotação, colocando fiscais no trajeto ou dentro dos próprios bondes.
Mas é a velha história de só consertar o cadeado depois da casa arrombada.

Em defesa dos bondes


 Tenho um enorme carinho pelo bairro de Santa Teresa. Um namoro que começou nos tempos da Faculdade, quando percorri as charmosas ladeiras ao lado de alguns colegas que filmavam um documentário chamado “Por lá não se passa”. Uma referência à localização geográfica do bairro, que é mais um destino do que um local de passagem. (Curiosamente, hoje passo sempre por lá para encurtar o tempo do trajeto entre minha casa e o trabalho).
Passei a frequentar bares e restaurantes de "Santa" e não foram poucas as vezes em que desci a pé até a Glória, pois era tarde e não havia mais transporte.
O “Santa Teresa de Portas Abertas” também sempre foi um dos meus eventos preferidos.
Sempre que podia, subia de bonde e de preferência no estribo. E cantarolando a canção “Tesouros da Juventude”, de Beto Guedes:
“Pula, pega garupa, segura o bonde ladeira acima...”


Por causa dos bondinhos de lá, há tempos acalento o projeto de um livro sobre os bondes cariocas, que pretendo colocar em prática assim que o mestrado acabar.
Por isso tanta tristeza me deu ao saber da tragédia com um dos bondinhos, no último sábado (27/8). 

Uma tristeza que virou revolta ao ver no jornal de segunda-feira o tipo de manutenção dispensada ao bonde acidentado. Em uma das rodas, ao invés de um parafuso, havia um fio de metal prendendo as peças.
Isso é de uma inconsequência sem par e não há outra pena que não a de prisão para os responsáveis por esse remendo. 
Quem coloca uma gambiarra deste tipo em um meio de transporte que carrega centenas de pessoas todos os dias tem que ser acusado de homicídio doloso.
Como disse, passo muito por Santa Teresa e vejo a enorme quantidade de turistas que circula por lá. Os bondes são uma grande atração turística da cidade e não podem ser tratados com descaso.
Não faltaram alertas da associação de moradores para a tragédia anunciada que finalmente ocorreu.
Lendo o noticiário, fico ainda mais pasmo.
Há um tempo, e me lembro bem, pois noticiamos no SBT Rio (na época em que era um jornal sério) que estavam fabricando novos bondes para Santa Teresa, idênticos aos antigos. 
Na minha doce ignorância, pensei: ”Que grande ideia.” 

Buscando mais informações descobri que o contrato entre a empresa T'Trans foi assinado em 2005, mas a verba só deu para fazer sete dos 14 bondinhos previstos. E ao ler a matéria de Júlio Reis, para o UOL Notícias, descobri, através do depoimento de um funcionário que os sete bondes novos têm manutenção muito cara e não aguentam o vai e vem pelas ladeiras do bairro como os antigos, ou seja, dinheiro jogado fora. Com isso, os dois bondes velhos que ainda restam não podem ser aposentados, sob o risco do serviço parar de funcionar.
É preciso que o governo do Estado explique muito bem esta situação.
O Secretário de Transporte Júlio Lopes diz que os bandes vão parar por tempo indeterminado, até que tudo seja esclarecido.

Cabe a nós, cariocas, cobrar respostas e não deixar que esta seja uma desculpa para que os bondes sejam retirados de vez das ladeiras do bairro (o que deixaria os donos de empresas de ônibus muito felizes).
Os bondinhos amarelos têm que permanecer circulando, com segurança, com melhor estrutura, com policiamento e sem superlotação (atualmente causada pelo pequeno número de bondinhos).


Uma cidade que se diz olímpica não pode se preocupar apenas com obras futuras. É preciso também preservar o passado, no presente. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Preços tresloucados

De uns tempos para cá, meu óculos de leitura se tornaram um acessório indispensável. Estar sem eles à mão é correr riscos desnecessários de pagar mico no meio da rua. Foi assim no banco, noutro dia. Precisei ler o número do Renavam no documento do carro para digitar no terminal e quem disse que conseguia. Por sorte, uma moça atrás de mim, ao ver meu desespero com o embaralhamento dos pequenos números, se compadeceu e me ofereceu os seus. Não foi mico, foi quase um King Kong.





O que me serve de consolo é que, pelo menos, dois anos após ser obrigado a utilizá-los, meu grau continua o mesmo. Minha vista cansada, pelo que parece, descansou um pouco.

Na última sexta-feira (19/8) fui ao cinema no Shopping Leblon. Sim, porque naquele shopping só dá pra ir ao cinema, à Travessa ou a pouquíssimas lojas que praticam preços razoavelmente normais. Ir ali, para mim, é o mesmo que folhear uma revista em alemão ou chinês, só dá pra ver as figuras. Meu bolso chega a gargalhar com alguns preços. Uma gargalhada de desespero, é verdade.

Nesta noite, enquanto minha mulher e minha filha trocavam um presente, circulei pelos corredores e ao passar por uma loja que vendia calçados italianos, fiquei perplexo. Não acreditei no número que meus fatigados olhos captavam. Busquei meus óculos, mas de nada adiantou. O preço continuava o mesmo: o sapato feminino de salto não muito alto, parecendo ser de verniz, custava a “bagatela” de R$ 2.390,00.



Numa busca através do site Decolar.com, vi uma passagem para Roma, pela Lufthansa, a US$ 1313,00. Se multiplicarmos pela cotação do dólar comercial (R$1,60), gastaríamos R$2.100,00. Ou seja, ainda sobrariam quase 300 reais, para comprar um bom sapato por lá.

Os preços das coisas está mesmo disparatado.

Com o aumento do poder aquisitivo, graças à estabilidade econômica, os preços também subiram, e muito. E quanto mais simples o produto ou serviço, maiores são os reajustes. Paguei, há bem pouco tempo, R$ 1,50 por um rolo de fita isolante. Fui comprar outro, recentemente, e não enconterei por menos de 5 reais. Mas como o valor é baixo, ninguém protesta

Um mesmo copinho de água mineral pode custar de R$ 1 a R$ 3, dependendo do local e ninguém fala nada, apesar da variação de 200% no preço.

Se formos falar de preços em retaurantes, então, o absurdo é ainda maior. Cada um cobra o que quer e, o que é pior, é que as pessoas pagam.

No jornal de bairros Zona Sul, da última semana, o chef francês Olivier Cozan soltou o verbo em uma entrevista na qual criticava seus colegas donos de restaurantes, que viajam na maionese na hora de determinar os preços das refeições.



Leia um trechinho da entrevista:

“Não sei o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Como pode um peito de pato ou um foie gras nacional custar 30% a mais que o importado? Está tudo superinflacionado, mas isso só existe porque o consumidor está ali, paga e não reclama. Eu sempre digo: pagar caro não é chique, não — dispara.”

Ele culpa, também, como dá pra ver, os consumidores.

“Se alguém cobra 80 reais por um risoto, é porque tem alguém que paga”.

Eu tenho saído cada vez menos para comer fora e não se trata de uma questão ideológica não. Ou meu poder aquisitivo caiu muito, ou os restaurantes é que estão extrapolando..

Atualmente prefiro chamar uns amigos lá pra casa e passarrmos um noite bem agradável, com boa mesa, taças cheias e um preço bem menos salgado




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Meu Rio, de outros tempos...

Aí vai mais um post para justificar a minha fama de saudosista. Mas, é que noutro dia o amigo Francisco Tadini postou no Facebook um link para um vídeo com imagens do Rio de janeiro em 1948. Apurando os fatos, descobri que se trata de um filme produzido pelo cineasta Humberto Mauro.
Trata-se de uma viagem no tempo. Um Rio de Janeiro cheio de bondes e carrões, com poucos arranha-céus e quase nenhuma favela nas suas encostas. A locução é muito curiosa. Por sua duração, foi dividido em duas partes.



http://www.youtube.com/watch?v=2kAx58ypqjo

http://www.youtube.com/watch?v=9bN1I1h44Dw

Não satisfeito, saí em busca de outros vídeos e encontrei outras preciosidades.
Do mesmo ano de 1948, um filme chamado South American Medley – Brazil, no qual aparecem sensacionais imagens do carnaval de rua carioca.


http://www.youtube.com/watch?v=X3Ticiv7VA0

Sobre o reinado de Momo, a Warner produziu o filme “Carnival in Rio”, em 1955.


http://www.youtube.com/watch?v=Xmmel1WrXXE&feature=relmfu

A Metro-Goldwin Meyer realizou um filme para a série Travel Talks, denominado “Rio, the magnificent”, em 1932.


http://www.youtube.com/watch?v=a7Q1kITY168&feature=relmfu

E avançando alguns anos. Um vídeo amador do Rio de Janeiro em 1964. Eu já tinha até nascido.


http://www.youtube.com/watch?v=Oiht8cTpIoM&feature=fvsr

Acomode-se na cadeira e faça uma boa viagem.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Jogo dos 7 erros

No último dia 3 de agosto, lamentavelmente, um enorme ficus que havia em frente ao meu prédio foi cortado por funcionários da COMLURB. Tudo leva a crer que ela estaava condenada. Até aí tudo bem. O problema é que o serviço deixou uma série de problemas no local:
 
- A árvore não foi retirada por inteiro e pelo que se vê aqui no bairro, o cotoco pode permanecer ali por muito tempo (são várias árvores nessa situação)

- Um tampo de ferro da companhia telefônica foi quebrado por um dos galhos e só não há um buraco no local porque o dono de uma madeireira próxima colocou um pedaço de madeira como remendo. Os pedaços deste tampo estão jogados na calçada.

- Galhos pesados também arrebentaram o calçamento de pedras portuguesa, Deixando buracos na calçada

- A placa de sinalização das ruas Ererê e Cosme Velho foi quebrada.

-  O canteiro em está a árvore também foi parcialmente destruído e o entulho deixado no meio da rua pelo pessoal da COMLURB.

- A fiação próxima foi atingida. Parte dos fios arriou e está amarrada por um pedaço de metal.
 
- E para finalizar, um enorme cabo de aço, de mais de dez metros de extensão se encontra pendurado no poste e espalhado pela calçada.

Ou seja, o serviço foi de um desleixo total e quase 3 semanas depois nada foi reparado. Liguei para a Prefeitura, mas, para a maioria das reclameções não há sequer um prazo estipulado. Passei mais de 15 minutos relatando todos os problemas, recebi 5 números de protocolo, mas não tenho a menor ideia de quando ´tudo voltará ao normal (se é que vai voltar).

sábado, 13 de agosto de 2011

Crítico ou Neurologista?


Nesta sexta (12/8) fui assistir ao filme "A Árvore da Vida", de Terrence Malick, que não me agradou. O filme praticamente não tem diálogos e apresenta no seu início uma longuíssima sequência de imagens no melhor estilo Discovery Channel com os mais variados temas: vulcões, profundezas do mar, espaço sideral, dinossauros e até um monstro do Lago Ness sangrando.
Se a ideia do diretor era provocar perplexidade, com certeza ele conseguiu. Várias pessoas deixaram a sala de exibição antes do fim. Só permanecemos pois queríamos ver onde aquilo tudo iria dar. Saí, no entanto, do cinema sem esta resposta também.
Voltei para casa curioso para ler a crítica do jornal O Globo, que havia colocado o bonequinho aplaudindo de pé, afinal era um filme ganhador da Palma de Ouro de Cannes.


No texto, o crítico Marcelo Janot tentou, com sua verve cinéfila, traduzir o enigma de Malick. Se acertou, ou não, não sei, mas uma frase dele, ao elogiar o diretor, ofendeu a mim. Resumindo, ele disse que Malick era um dos poucos americanos que conseguiam fazer filmes que não fossem para platéias lobotomizadas pela indústria do entretenimento.
Como considero que meu cérebro permanece intocado, resolvi mandar uma carta para ele através do site do Globo. Carta esta que reproduzo aqui.

Caro Senhor Marcelo Janot



Me chamo Rafael Casé e, como o senhor, também sou jornalista. São 23 anos de profissão e 48 de vida, a maior parte deles apreciando o mundo da chamada “Sétima Arte”.


Escrevo após ver o filme “A Árvore da Vida” e ler sua crítica (exatamente nesta ordem). E se me dou a este trabalho é porque um trecho de seu vistoso texto me incomodou bastante. Logo no início, ao falar sobre o diretor Terrence Malick, o senhor dispara: “Um dos raros sobreviventes do cinema de autor em Hollywood, ele faz filmes que em nada se assemelham à concepção do que seja cinema para as plateias lobotomizadas pela ditadura do entretenimento”. Nada contra sua admiração pelo diretor americano. Todos temos o direito a nos identificarmos com este ou aquele artista. Aliás, essa é a grande arte da Arte; se abrir para a admiração ou não do público. O problema é a forma como se referiu a um suposto público que estaria irremediavelmente condenado a não poder apreciar qualquer outro tipo de arte que não fosse a que o senhor define como ”ditadura do entretenimento”. A frase é pomposa, ferina, mas também petulante e ofensiva.


Infelizmente, muitos que se julgam integrantes de uma elite, de uma casta social privilegiada ainda buscam se diferenciar através do consumo de uma “arte pura”, uma arte que estaria fora do alcance daqueles que consideram como a choldra. E condenam qualquer um que se atreva a chamar um entretenimento para as massas de Arte. Trata-se de uma prática comum e bem antiga. Por acaso, a nobreza européia não condenou Mozart quando este começou a compor óperas em alemão para oferecer algo mais a seu povo?


Para usar o moderno, porém, já, velho chavão, vivemos em uma sociedade globalizada e graças a isso a oferta de informações foi elevada à enésima potência. Há muito material de qualidade discutível? Com toda certeza. Mas trata-se de um caminho sem volta, meu caro, e o senhor sabe muito bem disso. Os meios de comunicação de massa (aliás, o senhor trabalha para um deles e por isso mesmo tem tanta visibilidade) continuarão a produzir mais e mais; e as pessoas terão cada vez mais e mais acesso aos produtos da Indústria Cultural mundial. Graças a isso é que, hoje, é possível assistir a um filme de Terrence Malick em um cinema amplo, confortável e com qualidade de imagem e som capazes de fazerem jus ao conteúdo da película acima citada. Há alguns anos isso só seria possível em algum cineclube precário, dedicado ao que o senhor chama de “cinema de autor”.


Gosto muito de cinema. Nem de longe tenho todo o conhecimento sobre a área que o senhor parece ter, mas nem por isso devo ser subestimado. Não vejo como demérito o fato de me divertir com filmes dedicados ao entretenimento. Um blockbuster tem seu valor. Não sei se o senhor tem filhos, mas se não os tem, deveria experimentar a sensação de assistir à uma boa comédia e gargalhar com (e como) a criança que está ao seu lado. Experimente esta sensação que leigos como eu podem se oferecer. Ela pode ser mais agradável do que o senhor supõe. Se divertir (ou se entreter) com super-heróis, não quer dizer que parte do meu cérebro tenha sido extraída ou definhado. Posso, e quero, ter o direito de asistir a tudo e gostar ou não. Posso gostar da pinturas de Miró e de traços de pintores naif. Posso ler Heidegger (não o original em alemão, já que não domino a língua) e Dan Brown. Posso assitir a uma ópera e frequentar a roda de samba do Valqueire. E isso, ilustre colega, é muito bom.


O papel do crítco, no meu entender, é dar subsídios a seus leitores para que estes possam aproveitar melhor o espetáculo ou o produto artístico ao qual ele se refere. E no seu texto há esse conteúdo. Através dele pude ter o conhecimento da influência autobiográfica do diretor no filme. Admiro seu empenho em tentar traduzir de uma forma lógica uma sequência tão ilógica de cenas. Talvez o senhor esteja certo, talvez esteja totalmente enganado quanto aos objetivos do diretor, mas isso é uma opinião sua, a qual respeito. O que não é possível, no entanto é aceitar que o leitor, como eu, seja ofendido. Como jornalistas, que somos, temos a obrigação de saber o peso das palavras que utilizamos. Ao me chamar, e a muitos outros, de seres lobotomizados, o senhor demosntrou preconceito e uma petulância que sua função de crítico não o credencia a ter.


Atenciosamente,


Rafael Casé

   

Eles é que bem e nós que ficamos tontos...



Um jogador de futebol pode sair para beber à noite, às véperas de uma partida, sem ser incomodado? A pergunta pode parecer descabida, mas está provocando polêmica, principalmente porque a noitada dos jogadores Fred e Rafael Moura foi parar na polícia. Os jogadores foram abordados por dois integrantes de uma torcida organizada e Fred alega que teve seu carro perseguido ao deixar o bar Astor, no Leblon.

A imprensa entra nessa história porque a notícia foi dada no Extra pelo jornalista Caio Barbosa. Segundo ele, o grupo de sete pessoas que ocupava a mesa dos jogadores havia consumido 60 caipi-saquês. Em contrapartida, o jogador acusa o jornalista de ter informado aos torcedores o local onde estava. O agravante seria o fato de que um dos torcedores era sobrinho de Caio.

O assunto deu pano pra manga. Os torcedores foram indiciados e houve uma grita de protesto contra o cerceamento da vida particular dos atletas.

Qualquer ato de violência é reprovável. Se os torcedores se sentiram ofendidos pelo fato de jogadores de seu clube estarem em uma noitada, que protestassem junto à diretoria do clube. No entanto, o fato de serem pessoas públicas expõe os atletas a este tipo de reação, cabendo a eles se preservarem.

Não sou puritano, mas sei que o jogador que não se cuida, não consegue desenvolver todo seu potencial em campo. Se isso pesa para jogadores jovens, muito mais para veteranos.

A imprensa tem o direito de noticiar? Creio que sim. Se isso incita os torcedores a atos violentos, talvez. Mas, se pensarmos assim não devemos também noticiar qualquer ato ilícito já que ele pode desencadear uma reação desproporcional de alguém contra o acusado.

Um dirigente do Flamengo, insatisfeito com as peripécias noturnas de Ronaldinho Gaúcho chegou a criar o Disque-Dentuço, para que torcedores denunciassem excessos do atleta. Porém bastou que o jogador apresentasse um bom rendimento dentro de campo para que as críticas cessassem.

Em um programa esportivo ouvi um ex-jogador dizer que se fosse um médico, um advogado, ou um jornalista bebendo, ninguém se importaria. Concordo, desde que isso não se reflita no desempenho profissional dos mesmos. Eo problema é que, geralmente, os integrantes da Turma do Chinelinho, que ficam mais tempo parados do que brilhando nas quatro linhas, são justamente estes que curtem as baladas.



Depois de um tempo afastado Fred deu uma entrevista coletiva e, cheio de si, apresentou a suposta nota do restaurante provando que foram consumidas só 27 caipi-saquês e não 60, como o jornalista havia afirmado.

Creio que agora sim os torcedores tricolores ficaram mais aliviados.

Jornalista parece ser mesmo uma raça perigosa, não acham???

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Caras-de-pau


 
Com uma semana de atraso, o programa "Pânico na TV" exibiu o quadro em que o comediante Daniel Zukerman, conhecido como "O Impostor", invadiu o velório de Amy Winehouse, gerando uma série de protestos dos fãs da cantora (Veja post mais abaixo).// Tempo suficiente para o programa buscar uma justificativa para o abuso.// A razão maior seria enganar a imprensa sensacionalista internacional, que sempre atormentou a vida de Amy.// Tudo soou como uma grande armação feita para poder exibir o material feito em Londres, com direito a uma farta argumentação sobre seus nobres motivos.// Poderia até soar como verdade se o próprio Pânico não fizesse parte dessa mídia que adora pegar no pé de uma celebridade.//
Como diria o velho Jack Palance: "Believe it or not".


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quebraram o galho

Não sei se foi a COMLURB, não sei se foi a LIGHT, mas o fato é que o galho que ameaçava cair na cabeça dos pedestres, aqui no Cosme Velho, foi retirado. Como nenhum dos dois órgãos entrou em contato para comunicar a solução do problema, fico sem saber o "santo" responsável pelo milagre. E o melhor é a solução veio antes do início das aulas, já que pelo local passam dezenas de crianças todos os dias.
Reclamar vale a pena.... sempre.