terça-feira, 8 de março de 2011

De costas pro crime

Gosto de assistir aos desfiles das Escolas de Samba. Ao vivo é bem melhor, verdade. Mas na maioria das vezes, quando lá não estava trabalhando ou acompanhando minha mãe nos tempos em que era jurada, assisti pela TV.
Ou seja, são muitos anos acompanhando a evolução (?) da transmissão dos desfiles.
Ano passado já achei ruim quando colocaram os locutores no início da Sapucaí, o que tira deles uma visão geral do que acontece na avenida, cabendo ao Luiz Roberto e à Glenda comentar apenas o que se passa no monitor.



Os mais radicais podem até dizer que eles só devem narrar o que o telespectador está vendo, mas acredito que, além de entretenimento, o desfile é um evento jornalístico e, como tal, merece um olhar diferenciado.
Este ano, talvez para solucionar este problema, foram colocados dois repórteres na pista, com a possibilidade de entrarem ao vivo no meio do desfile. O que não era permitido nos tempos do "pool" entre Globo e Manchete.
Mas, para compensar a melhoria, colocaram os comentaristas no tal estúdio Globeleza, de costas para a Passarela do Samba e em seu pior lugar, na Praça da Apoteose, onde só se vê a dispersão das Escolas.



Ou seja, os comentaristas, que deveriam acrescentar à transmissão, os detalhes que observassem, acabam assistindo ao mesmo desfile que nós, em casa.
Na minha humilde opinião de telespectador, algo totalmente sem sentido.
Não vou bem falar dos comentaristas escolhidos, pois gosto não se discute. Mas, ficar de costas para a notícia, em prol da estética, isso pode se discutir, sim. E muito... 



O melhor remédio para isso é a concorrência, mas faz tempo que essa disputa não é mais vista na Sapucaí.

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