segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Em nome do pai (ou da mãe)

Não é raro filhos decidirem seguir os passos profissionais de seus pais. Em algumas famílias existe até um certa pressão para que isso ocorra. No consultório dentário em que me trato, a família toda trabalha junto.


Médicos, dentistas e advogados acabam tendo herdeiros profissionais mais facilmente, afinal consultórios ou escritórios já estão montados e a clientela garantida.

Eu mesmo pensei em fazer publicidade como meu pai, fui parar em RP e acabei no Jornalismo

Mas e quanto aos cargos eletivos?
Não é de hoje que se vê gerações de políticos se sucederem, só que, convenhamos, de uns tempos para cá, esse número de filhos de senadores, deputados e vereadores vem se multiplicando em PG (progressão geométrica... lembram????).

Nas próximas eleições municipais, aqui no Rio, não faltam exemplos. Começando por uma chapa de filhotes políticos em dose dupla: Rodrigo Maia (filho de César Maia) e Clarissa Garotinho (filha de Anthony e Rosinha Garotinho).


Para vereador, então é um festa. Tem pra todos os gostos. Dos veteranos, como Laura Carneiro (que continua pedindo votos aos eleitores de seu pai, o falecido senador Nélson Carneiro), a Wagner Montes - o filho, (herdeiro do deputado e apresentador de TV Wagner Montes, que, tal como o pai, tem seu slogan de campanha: “Escraaaaaaacha!!!!!!”).


E não é só o apresentador do Balanço Geral que quer ver o poder político da família crescer. Roberto Dinamite apresenta Leonardo Dinamite e a deputada Lucinha traz o Júnior da Lucinha.

Alguns prometem seguir à risca os passos de seus pais como o filho de Átila Nunes, defensor dos credos africanos, ou então Carlos Bolsonaro, disposto a manter o combate o “domínio gay” em nossa sociedade.





Desculpem-me os não citados, mas a intenção, aqui, não era fazer um levantamento e sim uma reflexão.

Será que esses jovens candidatos se inspiraram na tarefa dos pais, que dedicam suas vidas à busca do bem estar da população?

Será que se viram impelidos a seguir esse destino a tão nobre propósito?

Ou será que viram, na popularidade do papai ou da mamãe, uma chance de um emprego que lhes garanta estabilidade e aposentadoria precoce?

Infelizmente, acho que todos nós sabemos as respostas...

2 comentários:

  1. Sabemos todos o porquê dessa continuidade familiar na política. Além dos bons rendimentos, o Brasil ainda não se libertou docoronelismo. E emplenoseculo xxi ainda temmuita gentequesediz"muderna" querendo ser coronel. O que maisme assusta e preocupa é o coronelismo evangélico. Esse é aindamais grave

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    1. E Gabriela está aí pra mostrar que o tempo passa, o tempo voa e os coronéis continuam numa boa, Iara.

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