quinta-feira, 5 de abril de 2012

Arte daqui, Dali e de acolá...

Quem já não vistou um museu e, em frente a uma tela, pôs-se a idagar: isso é arte?


Acho que a pergunta, no entanto, não e essa, e sim: o que levou o sujeito a pintar um quadro como este?
Sempre há um motivo (às vezes denominado de inspiração). O que o artista passa para sua tela não é algo aleatório, embora talvez até ao próprio autor falte a compreensão sobre o que pintou.
Um claro exemplo do que falo está no filme Pollock, que conta a vida do pintor norte-americano Jackson Pollock, interpretado por Ed Harris.



As cenas dele pintando, de forma instintiva, sobre enormes telas, e vivendo cada pingo de tinta que ali pousava, me fez ver como o processo de criação de algo, que para nós pode parecer ininteligível, tem seu valor. Passei, a patir de então, a ver seus quadros de outra forma e a admirá-lo.



Costumo dizer que arte não se entende - se gosta ou não. Não há uma explicação lógica para gostarmos desse ou daquele pintor. Algo naquelas obras mexe com a gente, e pronto. É assim na pintura como em tantas outras artes.

Eu, por exemplo, sempre me encantei com o trabalho de Salvador Dali e não vou entrar, aqui, no mérito de sua arte, de seu marketing pessoal ou se suas pinturas são comerciais ou não. Cabe a mim, leigo que sou no assunto, admirá-lo ou não.
Acho que minha identificação com sua obra pode ter nascido com uma reprodução que havia em minha casa.


Aos poucos fui conhecendo seu trabalho e gostando cada vez mais.
Seus relógios derretidos, os corpos cheios de gavetas, tudo sempre me tocou de uma forma especial.




Quase não acreditei quando cheguei em Zurique, na primeira vez em que fui à Europa (no distante ano de 1989), e me deparei com uma grande exposição sobre o espanhol. A atração virou paixão.
A grande produção de Dali fez com que em vários cantos do mundo haja pequenos museus dedicados à sua obra. É assim em Paris, no Espace Dali, no charmoso bairro de Montmartre, ou em Londres, bem em frente à London Eye. Locais que já pude visitar.




Há que não goste, que o ache bizarro. Mas Salvador Dali, por ser um artista do século XX e por isso mesmo muito exposto à mídia, marcou a história da arte e fez com que ela transcendesse os museus, como mostram estas capas da revista Vogue, ilustradas por ele.






Eu gosto e você pode achar uma grande bobagem. A arte é assim. O seu valor está em se fazer admirar, seja ela  uma tela de Van Gogh ou aquele painel pintado por algum desconhecido pintor sobre o balcão de um singelo botequim.


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