sexta-feira, 24 de julho de 2015

18 ANOS

Você se lembra de quando completou 18 anos de idade?
Provavelmente, sim...
Eu me lembro bem.
Naquela época (falo do início dos anos oitenta), acho que fazer 18 anos tinha mais significados do que hoje.
Lembro que no dia 17 de março de 1981 fiz duas coisas, até então, proibidas. Fui assistir a um filme impróprio para menores de 18 e pedi uma cerveja na pastelaria que tinha bem perto da minha casa. Não que eu não bebesse antes. Acho que o ano de 80 foi aquele no qual eu mais bebi. Não em quantidade, mas em dias “bebidos”. Foram muitas as noites regadas a chopp (um, dois, ou três, de acordo com a disponibilidade monetária) junto com amigos de colégio. Barril 1800 e Jangadeiro, em Ipanema, eram os preferidos da turma. Mas a dona da pastelaria, que me conhecia há muitos anos, não deixava que me servissem bebida alcoólica, como rezava a lei. Por isso mesmo, no dia em que a nova idade chegou, fiz questão de pedir uma minissaia da Brahma (Alguém hoje ainda lembra delas? Era um tipo de avó da long-neck, só que rechonchuda).



Outro fator também marcou meus 18 anos. Tinha acabado de entrar na Faculdade e nem podia imaginar o quanto minha vida mudaria dali pra frente. Mudanças para melhor, graças a Deus.
Conheci grandes amigos, descobri novos horizontes, novas possibilidades, ou seja, cresci.



Pois bem, no sábado, dia 26 de julho de 2015, é minha filha, Clara, quem faz 18 anos. E eu me pego aqui escrevendo essas linhas, numa tentativa de encarar tal fato.
Não vejam neste texto qualquer resquício de saudosismo ou de lamúrias do tipo “ainda noutro dia ela era um bebê”. Muito pelo contrário. O texto é uma celebração. A celebração de uma passagem que, apesar de ser uma mera convenção de nossa sociedade, tem seu simbolismo.
O horizonte aberto que se apresentava a mim, mais de três décadas atrás, agora se descortina para ela e isso é um bocado inspirador.
Afinal, tão importante como os primeiros passos, as primeiras palavras, os quais acompanhei com encantamento, são os outros passos que se seguirão, as outras palavras que virão.
E chego a este momento com um enorme sentimento de confiança, pois vejo que minha filha se uma pessoa inteligente, sensível, consciente, companheira... Um ser do bem.
Um amor que a vida me deu de presente
Eu, como pai, estarei sempre por perto, não para interferir, mas para apoiar quando necessário for.
E sempre na torcida para que os caminhos que serão trilhados daqui pra frente sejam os melhores que se possa desejar.

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