quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nos tempos do "Moco" e do "Rato"

Não diria que este é um blog saudosista, mas quando você se aproxima perigosamente de completar meio século, não faltam lembranças e é aqui que as exponho.
Li, esta semana, que a primeira vitória brasileira na Fórmula 1 estava fazendo 40 anos. Foi com Emerson Fittipaldi, pelotando um Lotus 72, na pista norte-americana de Watkins Glen, em 1970. Era apenas a quarta corrida do "Rato" na categoria.
Emerson era ainda tão desconhecidos que o locutor deste vídeo o chama de "Fitapaldi".
http://www.youtube.com/watch?v=xG26yFWH1jM
Não assisti a este Grande prêmio, nem tenho lembranças dele. Naquele tempo ainda não acordávamos aos domingos com a célebre frase: "Bem, amigos da Rede Globo..."
Só fui acompanhar Fórmula 1 dois anos depois, quando o "Rata", o irm]ao dele, Wilsinho, e o "Moco" (apelido de José Carlos Pace) já estavam entre os melhores das pistas.
Com a conquista do primeiro título, na prova de Monza, as corridas passaram a fazer parte de minha rotina dominical.
Na minha coleção de selos, o bloco comemorativo com a imagem da Lotus pretinha era um dos meus preferidos.
Dois anos depois, mais um título de Emerson, em 74, desta vez com a McLaren, o Brasil entrava de vez no rol dos favoritos.
No ano seguinte, a dobradinha no GP Brasil, com "Moco" e sua Brabham em primeiro e o "Rato" em segundo, levou Interlagos à locura. E ainda eram os tempos do velho Interlagos, com a curva da ferradura e tudo mais.

Confira um tributo ao "Moco": www.youtube.com/watch?v=_q2q4lHc-Qg


Um acidente de avião, em 77 abreviou a carreira de Pace.
Porém, logo surgiriam Piquet, Senna e outros que mantiveram a bandeira brasileira no pódio até hoje. 
Mas, se em termos tecnológicos a F1 de hoje está anos luz à frente daqueles tempos, em relação à emoção, não há qualquer termo de comparação. As corridas de hoje são de uma monotonia irritante. Quando a parada nos boxes passa a ser o único ponto de ultrapassagem, é porque a coisa está feia. 
Pilotar era o que faziam o "Rato", o "Moco", o Lauda, o Scheckter, o Villeneuve...

Se isso é saudosismo, eu me rendo. Sou saudosista.
Punto e basta!

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