quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A turma da boquinha

Eleição é coisa séria, sem dúvida nenhuma.
Sou totalmente contrário ao voto nulo ou em branco.
Acho que temos que buscar um bom candidato e votar nele.
O que mais me espanta é a quantidade de candidatos neste ano de 2010: 1.600 para deputado estadual (são 70 vagas) e 830 para deputado federal (46 vagas). A grande maioria deles com chances ínfimas. O que me faz perguntar: o que leva essas pessoas a tentarem se eleger?
Se não houvesses custos nesta aventura, eu até entenderia. Mas, além do dinheiro que eles têm que dar aos partidos, sempre acabam gastando mais alguns caraminguás fazendo campanha.
A única resposta que vejo é que a tentação de um cargo eletivo, com bom salário direto e a possibilidade de ganhos indiretos (lícitos ou não) se torna maior do que o senso de realidade (e de ridículo, muitas vezes).
Agora, mais chocante do que ver essas pessoas aparecerem no horário eleitoral, é constatar as candidaturas de famosos (ou pseudo-famosos) e daqueles políticos profissionais que não largam a rapadura ou que tentam mordê-la de novo.
Como por conta da lei eleitoral, nem os blogs podem falar de candidatos, usei da ficção (quase realista) para lembrar algumas dessas figuras que citei acima. Não será nem um pouco difícil identificá-las.

Bebetinho – PAC (Partido dos Atacantes Chorões) – Promete presença constante na área da Assembléia Legislativa e emplacar vários projetos. E os demais parlamentares que não se atrevam a barrar alguma lei proposta, porque senão ele abre o berreiro e todos terão que se ver com a mulher dele, que é uma fera.


Peixe – PBM (Partido dos Baixinhos Marrentos) – Se eleito for já tem pronto seu primeiro projeto de lei: profissionalizar o futevolei. Promete se empenhar pela cassação do direito à pensão para as ex-esposas.







Revivaldo Barbosa – POB (Partido dos Órfãos de Brizola) – Tem como principal meta fazer com que os CIEPS passem a se chamar, oficialmente, Brizolões e que os alunos passem a usar um lenço vermelho no pescoço.





Mulher Melocoton – PPH (Partido das Popozudas Hortifrutigranjeiras) – Se for eleita, promete criar um Banco de Silicone para atender às desbundadas e despeitadas carentes. Pretende não só representar as mulheres-fruta, mas também as mulheres-legume e as mulheres-hortaliça (mais conhecidas como mulheres de vida alface).





Coronel Bolinha – PTC (Partido da Terra do Chuvisco) – Ex-governador, ex-candidato à Presidência, ex-grevista de fome. Luta agora para não ser ex-cluído da vida política.






Elymarapior Santos – PB (Partido dos Bregas) – Promete não se intimidar com a tribuna do Congresso Nacional, afinal microfone é com ele mesmo. Nem o plenário vazio é problema, afinal seus shows tem cada vez menos público mesmo.







Tati Enxurrada – PMMQ (Partido da Música de Má Qualidade) – Defende a suspensão de todas as obras de contenção de encostas do Rio de Janeiro. Para ela, o importante é quebrar barraco.







Rodrigo Xerife – PEP (Partido dos Eternos Prefeitinhos) – Quer provar, em Brasília que pode fazer muito mais do que fez pelo Rio. Aqui ele só aparecia quando a mídia local estava presente. Em Brasília promete só aparecer pra trabalhar quando for aparecer em jornais de rede.





Wagner Desmontes – PQPM (Partido do Quanto Pior Melhor) - Em busca da reeleição, o deputado e apresentador do programa Balanço Geralmente Trágico, diz que é o único que “ESCRAAAAAAACHA” na Assembleia Legislativa e que por isso mesmo merece garantir essa boquinha por mais 4 anos.




Jandira Topa Tudo – PQCTB (Partido do Qualquer Cargo Tá Bom) – Apesar de ser médica, já mostrou que é pau pra toda obra. Se aparecer uma secretaria de Cultura, ela topa. Mas se não pintar nada, um mandatozinho já tá legal.

2 comentários:

  1. Boa Rafa!
    Sei que a lista é imensa, mas senti falta do 'Chico Titica'e seu fabuloso slogan: "Titica por titica, vote no Chico"...
    E do Gorila com sua estupenda escolaridade, digo, personalidade...

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  2. Este é de SP, Lúcia. Me restringi aos candidatos do Rio.

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