segunda-feira, 9 de maio de 2016

A ÚLTIMA DO MARANHÃO



Mais perdido que cego em tiroteio?
Mais sem rumo que cachorro que caiu de caminhão de mudança.
Mais enrolado do que papel higiênico.

Pode escolher a expressão mais adequada.
Qualquer uma vai servir para explicar a situação da população brasileira nesta segunda-feira, dia 9 de maio de 2016.

A decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, de anular as sessões que aprovaram o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff teve o impacto de uma daquelas bombas de efeito moral.
Explodiu tão perto do ouvido da gente que estamos todos desorientados..

A grita é geral.
Jornalistas, ao invés de analisar, panfleteiam.



Redes sociais em polvorosa.
O FLAxFLU incendiou de novo.

Hipóteses não faltam:
- O ato de Maranhão teria sido, na verdade, comandado por Cunha. Uma retaliação contra a falta de reação do PMDB com sua saída
- O presidente interino teria recebido propina do PT.
- Waldir Maranhão teria comprado dólares e tomou a decisão para agitar o mercado e vender as doletas na alta.
- Maranhão quis apenas aparecer. Estes teriam sido seus 15 minutos de fama.

Agora, se nós que aqui habitamos não estamos entendendo patavinas, imaginem a imprensa lá de fora, os investidores...



O processo de impeachment não é uma causa contra a corrupção. Nunca foi. É um jogo de poder e um jogo cheio de pantomimas e dissimulações. Um jogo que, independente do lado em que cada um esteja, só há perdedores no final.
É como disse meu amigo Marcelo Castilho: “E os roteiristas de House of Cards e Game of Thrones se ralam de raiva....”

Não faltam piadas a respeito.
Mas acho que o riso é mais de nervoso do que da graça dos memes e postagens que pulularam na Rede.



O país precisa de grandeza, concórdia, esforço coletivo, mas estamos cada vez mais rachados, divididos, esfacelados.


Sem querer dar uma de profeta do fim dos tempos, deixo penas a pergunta: quem ganha com isso tudo?


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