segunda-feira, 30 de maio de 2016

E, NO ENTANTO, É PRECISO DANÇAR

Se a inveja é um dos pecados capitais, sou um pecador.
Como eu invejo quem sabe sambar...
Nem precisava ser um Carlinhos de Jesus da vida.
Só saber fazer aqueles passos do samba miudinho já me deixaria muito feliz.
A verdade, porém, lhes digo, caros amigos: tenho a cintura dura.



https://www.youtube.com/watch?v=f-RLglyvrxM

Não que eu não dance.
Dançar separado (como a gente falava quando era novo) ou bem juntinho, numa música lenta no melhor estilo Motown, eu danço (depois de alguns drinks, melhor ainda).
Mas nas chamadas danças de salão sou uma negação, para imenso desgosto de minha mulher.
Só me arrisco com quem também não saiba dançar, aí os dois podem errar à vontade que está tudo certo.

Como não tenho dom da malemolência, fiquei deveras impressionado com o que vi durante as gravações que fizemos para o programa Caminhos da Reportagem no evento RIOH2K, na Cidade das Artes, no final da semana passada.



Para onde o olho apontava tinha gente dançando e dançando bem... Centenas, milhares...
O que me deixou mais pasmo foram os aulões e os workshops.
O coreógrafo fazia os passos, uma contagem doida e de repente umas 300 pessoas estavam repetindo tudo, tintim por tintim. E olha que cada movimento era mais cabeludo do que o outro.
Nem que eu passasse horas tentando conseguiria passar da primeira meia dúzia de passos.





Não saber dançar não significa, no entanto, não gostar de dança. E, apesar de me sentir como um Neanderthal numa feira de informática, gostei muito do que vi.
O prazer no olhar daquelas pessoas, a satisfação e os aplausos ao fim de uma sequência realizada com sucesso, a integração através da música e do ritmo, tudo era muito legal.



Por ser filho de uma bailarina clássica, a dança entrou na minha vida muito cedo. Não tenho a menor ideia a quantos espetáculos já assisti. No Teatro Municipal me sinto em casa, mas ali só poderia me apresentar, um dia, se fosse cantando (até que sou afinadinho), porque além da ausência de coordenação motora mais refinada, me falta também talento para o manuseio de qualquer instrumento musical.

Minha mulher me fez prometer que quando nos aposentarmos entraremos para uma escola de dança de salão. E assim será.
Só fico pensando em quanto irão sofrer a paciência do professor e os pés dela.

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