segunda-feira, 26 de julho de 2010

Baila comigo?

Eu não danço...
Ou melhor, eu não sei dançar bem.
Até que gostaria, mas minha coordenação motora não ajuda; pelo mesnos quando a dança é a dois... dança de salão.


Nesse caso só consigo dançar com quem também não sabe, porque aí a gente inventa uns passos, erra tudo, mas ninguém se importa.
Sozinho ainda vai, e até que não sou dos piores.
Mas adoraria saber sambar, por exemplo. Morro de inveja de quem sabe fazer aquele passo miudinho.

Talvez seja por isso que gosto tanto de ver os outros dançarem.
Tudo bem que, pelo fato de minha mãe ser bailarina profissional, frequento o Teatro Municipal desde a minha mais tenra infância.

No último sábado estive lá de novo, pela primeira vez depois da reforma (Ficou uma beleza!). Fui assistir ao espetáculo "Parsons", composto por várias coreografias do norte-americano David Parsons.
Conforme as peças iam se sucedendo, comecei a divagar sobre essa nossa admiração pela dança. Por que este tipo de manifestação nos atrai tanto?
Longe de querer fazer, aqui, um tratado antropológico, acredito que seja algo que vem de tempos remotos, algo instintivo mesmo. Uma expressão corporal do bicho-homem, uma forma de comunicação com seus semelhantes.
O fato é que todas as culturas utilizam a dança em seus rituais, sejam elas mais rústicas ou mais avançadas.

Além disso, a dança virou espetáculo e, por muito tempo esteve associada a uma arte prara poucos privilegiados. O próprio nome, balé clássico, já trazia consigo um que de elitismo.

Mas, aos poucos, outros ritmos e otras formas de apresentação da dança foram ganhando importância como manifestações culturais. Do maracatu ao street dance, do frevo ao jazz, o que importa e soltar o corpo e exibí-lo para deleite próprio e de quem o assiste.

Uma das coreografias do espetáculo "Parsons" que mais gostei é a que leva o nome de "Swing Shift", uma mescla de diversos movimentos das mais variadas origens: tribais, orientais, modernas. Foi bem interessante perceber aqueles elementos que nos são familiar formando uma nova dança.



A mistura do lúdico com a dança também estava presente nas coreografias "Hand Dance" onde só as mãos dos bailarinos apareciam, num show de criatividade; e em "Caught", em que efeitos de luz estroboscópica davam a impressão de que o bailarino estava flutuando no palco.
No final de tudo, a alegria estampada no rosto dos bailarinos do Corpo de Baile do Teatro e da platéia. Alegria de quem viveu, naquela noite, momentos de encantamento proporcionados pelo casamento de corpo e música, mais conhecido como Dança.

Um comentário:

  1. Adoro dançar. Meu pai era um pé de valsa.
    A dança é uma das mais lindas expressões de arte e felicidade.
    Adorei o tópico.
    Agora sambar...estou com vc...adoraria saber. Ainda mais o miudinho que a turma do Fundo de Quintal é especialista!
    Cheers!

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