Meninos, eu vi.
Vi
Michael Jordan jogar.
Infelizmente
apenas pela TV.
De
lá pra cá vi muitos outros grandes jogadores de perto como Magic
Johnson, Patrick Ewing, Karl Malone, Kevin Durant e Stephen Curry,
por exemplo.
Mas
Jordan, o Air Jordan, só vi pela TV. E nem eram os tempos da TV
digital, full HD. Era sinal analógico mesmo. Mas isso era o de
menos. Ver o cara jogar valia a pena.
Naquela
época eram poucas as partidas transmitidas pela TV. Uma por semana,
às sextas à noite. Compensava através do NBA Action, onde seus
melhores lances apareciam invariavelmente no Top 10 da semana.
Também
comprava fitas VHS da NBA para me deliciar com jogadas espetaculares
não só dele, mas também de outras grandes feras.
Nos
Jogos Olímpicos de 92 acompanhei todas as partidas do Dream Team (1º
e único).
A
final entre Bulls e Phoenix Suns, capitaneado por Charles Barkley, em
1993 talvez tenha sido a mais empolgante de todos os títulos de
Jordan pelo Chicago (foram seis ao todo).
A
série foi vencida por 4x2, mas todos os jogos foram muito
equilibrados. A partida número 3, vencida pelo Suns, na casa do
adversário, teve 3 prorrogações. Eu trabalhava no Bom Dia Rio
nessa época e tinha que levantar de madrugada, mesmo assim não
conseguia desgrudar os olhos da TV.
Só
nessas seis partidas Jordan fez 246 pontos, uma média de 41 pontos
por partida.
Depois
disso ele parou. Foi jogar beisebol.
Voltou
e foi mais uma vez tricampeão.
Parou
de novo e voltou mais uma vez, então para o Washington Wizards.
Desde
sua aposentadoria sumiu da mídia e hoje é o dono do Charlotte
Hornets, da Carolina do Norte. Embora nascido no Brooklyn, em 17 de
fevereiro de 1963 (exatamente um mês antes de mim), foi pela
Universidade da Carolina do Norte que ele assombrou o país e mostrou
que seria o maior jogador de basquete de todos os tempos.
Depois
que Pelé parou de jogar, várias promessas de "novos Pelés"
surgiram no Brasil, só que Pelé, assim como Jordan é único. Nos
EUA se deu o mesmo. Vários jogadores surgiram como "novos
Jordans", mas apenas um dele pode-se dizer que chegou perto da
importância do camisa 23 dos Bulls. Seu nome: Kobe Bryant.
Porém,
hoje, com a aposentadoria de Kobe, o trono estará novamente vago.
Kobe,
ao contrário de Jordan, pulou a universidade, foi "draftado"
em 1996 direto do High School e, aos 18 anos, chegava ao Los Angeles
Lakers, time pelo qual jogaria toda sua carreira. Tem nada menos do
que cinco títulos da NBA, participou do All Star Game, partida que
reúne os melhores da liga, em 17 ocasiões. É o terceiro maior
pontuador da história da NBA (pode superar a marca de 33.600 na
partida de hoje). Foi bicampeão olímpico.
No
jogo contra o Toronto Raptors, em 2006, fez nada menos do que 81
pontos. Ele só perde para os 100 pontos de Wilt Chamberlain, em
1962.
Durante
todo esse ano, Kobe veio recebendo homenagens em suas últimas
exibições em cada arena dos Estados Unidos. A mais emocionante
delas talvez tenha sido na partida contra o Hornets, em Charlotte.
Antes da partida, Michael Jordan apareceu no telão e mandou uma
mensagem para o amigo.
Hoje
à noite, no Staples Center (com transmissão da ESPN), as homenagens
também serão muitas e não há como não ser desta forma.
Só
é uma pena que ele não esteja na seleção americana que vai
disputar os Jogos Olímpicos aqui no Rio, este ano. Mas bem que o
Comitê Olímpico poderia convidá-lo para a entrega da medalha de
ouro. Fica a sugestão.
Kobe
merece.
E não deixem de assistir ao vídeo "The Conductor"
https://www.youtube.com/watch?v=qQYz0I5dE_A&nohtml5=False
https://www.youtube.com/watch?v=qQYz0I5dE_A&nohtml5=False
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